domingo, 30 de novembro de 2008

28 de novembro de 2008 - Último Encontro


UM ATÉ BREVE... UM DEVIR...

...durante cinco entardeceres, durante cinco dias primaveris, ou quem sabe, durante várias semanas, meses, dias, estações, os debates foram intensos, os encontros não se situaram num único ambiente, foram desconstituídos de um único tempo, de uma única forma de se fazer presente... fomos capturados a permanecer interligados por outras ferramentas, outros espaços, outros entre lugares, outras conexões...

Eis que outros momentos virão, eis que outros espaços serão arquitetados, eis que outros momentos serão dispostos em outras possibilidades discursivas. Entretanto, eis que vivenciamos a emergência de discussões impreteríveis, problematizações urgentes, questionamentos fervorosos, enfrentamentos emergentes. As narrativas e memórias avivadas e reavivadas pela disponibilidade e abertura de cada membro se tornaram chamas aquecidas e em seu interior queima o sentimento de pertencimento, o desejo de permanecer, ou quem sabe, de continuar por um período indeterminado, trilhando um caminho impreciso, mas ávido de possibilidades suspensas.

Quando iniciamos esta vivência, não estabelecemos uma organização metodológica, nem sequer visualizamos esta pretensão, mas acredito que isso foi o mecanismo neural que viabilizou um até breve... nada de encerramentos, nada de finalizações, nada de fechamentos, pequenos bocados, passos incertos e imprevistos, possibilidades, reencontros e desencontros, um devir permanente...

Ao ser tocada pelas vivências e particularidades de cada um, ao me tocar nas minhas singelas aproximações com o território da Educação de Surdos, ao trazer para o público algumas escritas, algumas formas de pensar e de produzir aquilo do qual falo, fui sendo produzida pelos que se fizeram disponíveis, pelos que se fizeram públicos, pelos que se fizeram presentes em suas formas de pensar e entender... vizinhanças foram aproximadas...pensamentos foram orquestrados...discussões perigosas tomaram formas... uma transitoriedade...uma eventualidade... a cotraditoriedade... os resíduos... os vestígios... a permanência de significados e efeitos de verdade.

Acredito que a cada encontro estabelecemos alguns estudiuns, inúmeros e indescritíveis punctuns, que nos passaram, que nos tocaram, que permaneceram, que nos movem em busca daquilo que ainda está incerto, mas que é o alimento para continuar. Deixo aqui registrado o sentimento de um até breve, um até logo, um até daqui a pouco...o desejo indescritível pela continuidade, pela permanência...

A todos que se fizeram disponíveis, que se abriram, que se tornaram presentes, um abraço carinhoso e o agradecimento pelas mediações e trocas legitimadas.

Com todo carinho

Graciele Marjana Kraemer


sábado, 29 de novembro de 2008

Lúcia Helena Santos - Punctun


Sei que você é uma pessoa apaixonada pela educação de surdos, assim como eu, luta por uma educação de qualidade e se incomoda com algumas situações presenciada ao longo dos percursos e percalços da experiência docente. Apesar do sorriso fascinante, um olhar preocupado... atrelado ao fundo nublado...

Desejo que você continue a sua caminhada com a mesma alegria de sempre, contagiante e que aproxima as pessoas. Desejo que você continue com a mesma criticidade com as coisas que percebes que não está indo bem.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Liege - Punctun

Percebeu menina formando 2º Grau na Escola, menina roupa antiga.

O PUNCTUM DA MINHA CARTA

Fui atrás do meu sonho e ingressei no Magistério, nunca me esqueço da cena do meu primeiro dia de aula, aquelas duas jovens com aparelhos auditivos sentadas nas primeiras fileiras da sala, olhando para o professor, enquanto os outros riam conversavam elas ficavam com a mesma expressão. Foi então que perguntei para uma colega: “o que acontece com elas?” e uma colega respondeu: “são surdas”! Sentei ao lado delas e comecei a escrever bilhetes, tentando ajudá-las de alguma forma, foi a primeira vez que vi a Língua de Sinais. Percebeu menina formando 2º Grau na Escola, menina roupa antiga. Desde aquele dia nunca mais nos separamos, dia-a-dia fui aprendendo mais e mais sinais, e meu amor crescia por esta língua, nesta época não sabia que era uma língua, achava que era apenas uma forma de comunicação. Fiquei mais admirada ainda, quando as meninas me disseram que eram irmãs gêmeas.

Liège Gemelli Kuchenbecker



quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sonia Luisi - Punctun


O que me captura em minha carta é a expressão: ACEITEI.

Aceitei o desafio de trabalhar com Educação de Surdos.

Venho de uma caminha em Educação Especial, o trabalho com crianças com necessidades educacionais especiais na Educação Infantil - Inclusão.

Recebi uma foto com a expressão: TCHAU! TCHAU!

Tenho certeza que, neste momento, não combina muio com os meus desafios e propósitos de conquistas pessoais e profissionais.

Eleonora Elisa - As Possibilidades

As possibilidades para a educação de surdos

Na minha opinião é importante a identidade surda e comunidade surda, porque é positivo professores surdos servirem de modelo para os alunos surdos é desenvolverem maneiras de serem pessoas com identidade própria ao mesmo tempo se tornarem mais flexíveis, e não ficarem na mesma. Inflexíveis, essa flexibilidade é adquirida em contato com outros surdos também. É importante que exista o ensino e o conhecimento da língua de sinais, educação como cultura surda, as narrativas das artes, teatro, piadas, poesias, contos de história dos surdos... Os professores surdos são conduzidos naturalmente, alguns sem saber, sem perceber, o que o torna capaz de integrar a pessoa com uma diferença, onde motiva a encontrar modos de introduzir, reformular, selecionar e avaliar que é próprio do surdo ser povo surdo determina a esperança e a certeza de que não somos discriminados realizando intercâmbio cultural com outros povos. Porque é importante a interação que os surdos passam na escola especial ou associação a encontra outros surdos para se comunicar a LIBRAS, assim é cultura surda, comunidade surda e identidade surda.

Também na minha opinião ainda é mais importância para as crianças e jovens construírem-se como surdos próprios, terem cultura e identidade surdas na escola especial. Porque o surdo mostra que é capaz consegue na aprendizagem se desenvolver com todo mundo, mobiliza para mudar a situação escola, cultura do povo surdo, e há uma valorização crescente, reconhecer a cultura, para estar presente na vida social junto outros surdos. Em outras palavras, se está se perdendo importância dos surdos, se há a ruptura de cultura surda, isto faz nos pensar bem se a inclusão social oferecida significa integrar o surdo, não é a palavra correta “inclusão” e mais importância de uma “adaptação” para a situação do dia-a-dia dentro da sala de aula na escola especial.

A sugestão é melhorar os alunos surdos, de primeira à quarta série, tendo um professor (a) que deve sabe a LIBRAS, conhecer comunidade surda, identidade e cultura surda, ou ser um professor (a) surdo que é uma pessoa estar pronto para desenvolvimento de identidade e cultura surda de alunos surdos. De quinta a oitava série, tem mais professores de diversas disciplinas e precisa de um intérprete da LIBRAS para acompanhar e dar auxílio para os alunos surdos aprenderem, ainda importante deve ter disciplina de língua de sinais para melhor motivar a comunidade surda e estimular a socialmente e culturalmente.

Há outro um de exemplos que mais importante nossa cultura surda é, em Porto Alegre, mais concentrações pela política surda onde ter os aspectos principais que movimentar nossos direitos no Brasil: educação, direitos, língua, saúde, leis, defesas culturais e pesquisas muitas situações para serem as identidades surdas. Na verdade, eu estou orgulhosa com quem luta por gaúchos surdos e é muito bom como nos mostrar a cultura surda em Rio Grande do Sul para outras regiões do Brasil e que sabe o futuro até melhorar.

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