terça-feira, 18 de outubro de 2011

XXIII Salão de Iniciação Científica da UFRGS/2011




   LÍNGUA DE SINAIS E EDUCAÇÃO DE SURDOS:
       políticas de inclusão e espaços para a diferença na escola
     

Bolsista: Liliane C. Birnfeld
 Orientadora: Adriana da Silva Thoma

Este trabalho apresenta resultados parciais da pesquisa, cujo objetivo geral é conhecer e problematizar as condições de possibilidades da educação de surdos na rede pública e privada de Porto Alegre e região metropolitana. Fizemos um levantamento de dados de matrícula dos alunos surdos nas redes mencionadas, no período de 2007 a 2010, que aponta para uma diminuição na matrícula desses alunos em todas as redes de ensino. Além disso, promovemos um curso de formação continuada para professores de surdos no segundo semestre de 2008, no qual os professores participantes produziram escritas sobre suas experiências docentes na área. Para o segundo semestre de 2011 está prevista uma segunda edição desse curso. Também aplicamos questionários nas turmas de Libras (Língua Brasileira de Sinais) da graduação da UFRGS, oferecidas para os cursos de Licenciatura, que foram respondidos no início e ao final da disciplina. Os questionários, ainda em processo de análise, indicam que, a maioria dos graduandos nunca teve contato anterior com surdos e diz não saber se comunicar com os mesmos nas escolas. Quando respondem saber como se comunicar com eles, dizem fazer isso através de gestos ou escrita. Muitos desses acadêmicos também dizem não saber que um interprete, por exemplo, é garantido por lei para a acessibilidade na comunicação dos surdos. Além disso, mesmo após o término da disciplina de Libras, alguns ainda colocam a língua de sinais como sendo “uma linguagem” e não uma língua. E, quando se questiona sobre o melhor espaço para a educação de surdos ,há entrevistados que sugerem a escola comum em situação de inclusão com ouvintes, contrariando a maioria dos professores atuantes na área (inclusive os que ministram a disciplina), que defendem as escolas bilíngües como espaço mais adequado para os primeiros anos de escolarização das crianças surdas, escolas que trabalham com a língua de sinais e o português escrito.

Licença Creative Commons
Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Brasil.