Transitar em uma língua em que vivemos em dúvida é como se estivéssemos em dois mundos e duas culturas. Às vezes no uso e na convivência com a língua de sinais me sinto um estrangeiro na minha terra. Há dias que sei tudo e outros nada. Em outros momentos uma toma o lugar da outra e ás vezes se fundem na minha constituição como pessoa. Na verdade a língua para mim seja ela a minha língua mãe ou não, o meu sentir-se bem vai depender das relações que eu estabeleço com ela. Na verdade as dúvidas existem tanto na L1 quanto na L2, só que na primeira posso contar com a minha competência lingüística inata para saber sair de alguns momentos difíceis, já na L2 dependo da interação social e do meio para a superação de um conflito lingüístico. Na verdade a conquista de uma segunda língua é uma caminhada para toda a vida,mas tem línguas que nos apaixonamos tanto que nos definirmos sem ela parece impossível, no momento é isso que sinto.