Recentemente num jornal de grande circulação em Porto Alegre uma psicóloga/psicopedagoga (segundo ela mesma) escreveu sobre inclusão. Entre outras afirmações dúbias e/ou sem sentido ela comparou as escolas especiais com hospícios e as salas especiais em escolas regulares com “sala dos loucos”. É verdade que ela não assume que ela pensa assim, mas, que a sociedade é que pensa desta forma.
Farei um contraponto às afirmações da psicóloga/psicopedagoga, digo que as escolas especiais são como os ambientes especiais que são adequados para situações distintas, tal como um teatro, um belo jardim botânico, um cinema... quem pensaria em colocar permanentemente coqueiros, laranjeiras, bananeiras, araucárias, girassóis, cacaueiros e outros vegetais num teatro ou cinema, quem pensaria em apresentar espetáculos permanentes de teatro ou filmes num ambiente descampado e sem acomodações de um jardim botânico. Penso, então, que tal como um teatro está preparado para emocionar os assistentes com peças, um jardim botânico para oferecer aos seus visitantes belas paisagens e um cinema, hoje dentro de shopping, com equipamentos e acomodações necessários para o conforto e apreciação dos filmes aos cinéfilos, as escolas especiais ou salas especiais com recursos físicos, materiais didáticos e especialistas são essenciais para um atendimento as pessoas que tem necessidades diferenciadas.
Para concluir, já imaginaram um professor de matemática, história ou geografia dando aula para uma turma “internacional” explicando simultaneamente em português, inglês e chinês?
Seria como colocar na mesma turma ouvintes, surdos e cegos e o professor dar aulas em oralmente e LIBRAS e os textos em caracteres latinos e Braille.
Onde encontramos este “mega professor”? Qual é a universidade que tem preparado milhares de professores com está capacidade?
Como se sentiriam os alunos em ambos os casos?