A experimentação da condição do outro, sobre a impotência diante da língua e da cultura do aluno surdo
O estrangeiro em seu próprio país, assim sente-se a comunidade surda em relação à comunidade ouvinte, por ser a maioria lingüística em nossa sociedade.
Os ouvintes que não conhecem a língua de sinais e participam de um espaço em que tem uma maioria de surdos dialogando sem intérprete, faz com que os ouvintes sintam-se da mesma forma.
Um sentimento de impotência, de ansiedade em tentar compreender o que está sendo dito. São movimentos da boca, dos olhos que se direcionam para um barulho que surge, o embalo do corpo ao som de uma música... são comportamentos e atitudes que os surdos observam, percebem, mas não compreendem porque não faz parte de suas realidades.
O que é dito pelo outro, o ouvinte, e não é compreendido pelo surdo e vice-versa, são comunicações que se silenciam. O dito e o não compreendido, o compreendido e não dito, são realidades e experiências vividas cotidianamente pelos surdos e ouvintes que convivem e não utilizam a mesma forma de comunicação, aqui no caso especificamente, a língua de sinais.